Felipe França ficou em segundo lugar nos 50 metros nado peito, no campeonato mundial de Esportes Aquáticos.
Nesta quarta-feira, os enviados especiais Pedro Bassan e Wanderley Serbonchini testemunharam um momento inesquecível para o brasileiro Felipe França no mundial de esportes aquáticos, na Itália.
Felipe França parece de pedra. Não quer ouvir o próprio nome e muito menos os gritos da multidão. Qualquer semelhança com Cesar Cielo não é coincidência, é amizade mesmo. Os dois são companheiros de quarto na competição.
Felipe olha para a chegada e vê um brilho. Parte com a certeza da medalha. E voa sobre as águas para saber que metal está indo buscar. Depois de 50 metros, a prata, a festa. Ele só perde para o sul-africano Cameron Van der Burgh, o novo recordista mundial.
“Ser o primeiro a ganhar depois de 15 anos e bater o recorde depois de 17 anos, estou muito honrado e agradeço a todos os que me ajudaram a chegar até aqui”, disse.
Esse gigante não se emociona facilmente. As primeiras lágrimas são do treinador. A última vez tinha na mesma piscina, em 1984, 15 anos depois o Brasil ganha o direito de subir no pódio e estufar o peito, que fica muito mais bonito enfeitado com uma medalha.
Ali no alto, esse brasileiro de pedra não vai resistir. Porque é mais brasileiro do que de pedra e ganha com o coração. De joelhos, ele agradece. E Roma ainda não tinha visto uma medalha tão brilhante: prata lavada nas lágrimas de um vencedor.
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